“O adultério é uma armadilha(...)”; “O que comete adultério não tem juízo; ele está se destruindo a si mesmo”; “(...) o infiel age assim: comete adultério, toma um banho e depois diz: Não fiz nada de errado!”; “(...) mas o adultério custará a ele a sua própria vida” (Provérbios 22:14;6:32;30:20;6:26-BLH).
As novelas brasileiras
estão se tornando cada vez mais premiadas, reconhecidas não só no Brasil mas
também no exterior. É um orgulho para um povo sofrido como o nosso: além do
futebol, agora nossas novelas também têm "padrão exportação"!
Por um lado, elas são
um orgulho (demonstrando a competência de nossos atores, diretores, técnicos
etc), mas por outro lado estas novelas produzem um efeito que nos entristece.
Com a explicação de "apenas reproduzir" fatos que já aconteceram na
sociedade, os enredos trazem à mente dos que assistem, alguns costumes
que não deveriam ser imitados, como é o caso da infidelidade
conjugal.
Entrentanto, a
exaustiva repetição (em quase todas as novelas, capítulo a capítulo) de que a
infidelidade é um padrão "aceitável" ou "inevitável",
transforma-se na prática em sugestão de padrão cultural. Isto
acontece, quando dentro da história as personagens são incentivadas pela
"aventura" do adultério, pelo "sabor do novo" da
infidelidade.
Obviamente num país
como o nosso, onde a TV dita boa parte da cultura de um povo (e não a educação,
através das escolas, bons livros e professores, o desenvolvimento de um senso
crítico, etc), estamos presenciando os EFEITOS da infidelidade conjugal, dentro
das famílias brasileiras: mentirosos cada vez mais convincentes, vidas duplas,
amantes assumidos e descarados, filhos decepcionados, mas com grandes
possibilidades de repetir o que os pais fizeram, conjuges psicológicamente
abalados, que vêm na vingança a solução ideal para o problema.
Creio que alguns dos
assuntos mais abordados em ambientes de aconselhamento (realizado tanto por
conselheiros, líderes e até psicólogos cristãos), são casos que envolvem
infidelidade e adultério. São temas comuns fora do ambiente das igrejas, mas
agora têm abalado fortemente muitas comunidades evangélicas.
Aqueles que frequentam
há mais tempo as igrejas cristãs, têm notícia de casos como estes há décadas.
Portanto, não há "novidade" no assunto "adultério". O que
está sendo espantoso em nossos dias, é o aumento assustador da
incidência destes casos. Fala-se muito da "epidemia" de dengue, gripe
suína, etc. Mas estamos convivendo com uma "epidemia" diferente: a do
adultério. O que é veiculado pela Mídia, sem dúvida contribuiu para este
crescimento.
Os aconselhamentos são
quase sempre assim: o cônjuge ofendido, normalmente é quem procura ajuda. Traz
suas "suspeitas" (bem fundamentadas), mas sem a evidência que traria
à luz o comportamento errado do parceiro. O cônjuge suspeito, que geralmente
reluta em comparecer ao Aconselhamento, acaba vindo quando o outro diz:
"se você não deve, não tem nada a temer!". Mesmo contrariado, este
cônjuge comparece às reuniões para negar sistematicamente qualquer suspeita.
Alguns cônjuges podem
ter o chamado "ciúme patológico" (e estes precisam de tratamento
especial), onde a suspeita é infundada e doentia. Mas os casos mais
comuns são aqueles onde as "suspeitas sem evidências",
depois de alguns meses tornam-se "suspeitas COMPROVADAS", através de
evidências incontestáveis do adultério. Quando um caso destes é descoberto, não
apenas a família dos cônjuges sofre, mas todos os que se relacionam com eles.
A Bíblia nos traz
orientações importantíssimas quanto ao adultério. Veja algumas delas:
1. Adultério é
um dos 10 assuntos mais importantes da humanidade (Top 10, os Dez
Mandamentos) e Deus é CONTRA! - Ex 20:14 "Não adulterarás". Não há
como ser mais específico. Ele não só "sugere" que nós não cometamos
adultério; ele exige. Deus é claro em relação ao que espera de nós.
3. Adultério é
uma "armadilha" - o ser humano utiliza armadilhas para
capturar e matar muitos animais. No adultério ele torna-se a vítima. Pode
acontecer quando se cai infantilmente (num momento de insensatez, e depois tem
que conviver com as consequências), ou então quando se é vítima de chantagem,
por parte de quem o seduziu - Pv 22:14; 6:32; 30:20; 6:26 -BLH.
4. "Fugir
enquanto há tempo" é a orientação bíblica - pois ninguém fica
perto do fogo sem se queimar (Pv 6:27-29). Salomão, no livro de Provérbios,
adverte: quanto mais perto dos ensinos da Palavra, mais luz para os caminhos
(6:23), mais proteção contra o adultério (6:24a), mais forças para fugir dos
falsos elogios, as chamadas "cantadas" (6:24b), da sedução dos
olhares, da cobiça do que se vê, na pessoa que não é seu cônjuge (6:25).
5. O doce
sabor inicial, esconde um veneno que conduz à ruína - "os lábios da
mulher imoral destilam mel; sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é
amarga como fel, afiada como uma espada de dois gumes. Os seus pés descem para
a morte (...) Fique longe dessa mulher (...) para que você não entregue aos
outros o seu vigor nem a sua vida a um homem cruel. (...) Você dirá: Como odiei
a disciplina (...) Cheguei à beira da ruína completa, à vista de toda a
comunidade". (Pv 5:3-14).
Mesmo com tudo o que
vimos, a Bíblia deixa claro: sempre existe esperança para quem quer
voltar atras, arrepender-se de seus erros e fazer a vontade de Deus! "Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda a injustiça" (1Jo1:9). "Quem esconde os seus
pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra
misericórdia" (Pv 28:13). "Se o meu povo que se chama pelo meu nome,
se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar de seus maus
caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei os seus pecados e curarei a sua
terra". (2Cr7:14). Como vemos, Deus não aceita ser conivente com o pecado;
mas Ele quer recuperar quem está arrependido e está disposto abandonar a
prática de seus erros.
Tendo esta
perspectiva, devemos tomar uma posição "radical": fugir e abandonar a
prática do pecado; acabar com as intermináveis mentiras para encobrir o erro;
buscar a face daquele que não convive com a mentira, por ser "o
Caminho, A VERDADE e a Vida" - Jesus Cristo (Jo 14:6).
Caso ache difícil a caminhada para reconstruir seu relacionamento conjugal,
busque ajuda. Pode ser um conselheiro, um líder experiente ou até um
profissional da área (por exemplo, um psicólogo cristão).
Esta atitude de MERGULHAR
NA VERDADE, trazendo LUZ (e não trevas cada vez maiores) à sua convivência
conjugal, irá beneficiar não apenas a VOCÊ mesmo e ao seu casamento, mas também
aos seus FILHOS, PARENTES, AMIGOS, CLIENTES, IRMÃOS EM CRISTO e em última
análise ... você estará ajudando a fazer um PAÍS e um MUNDO melhor, iniciando
as boas mudanças a partir do seu próprio lar!
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